Abordagem Geral
da Música Barroca


Abordagem Geral da Música Barroca

Muitas das inovações associadas com a música Barroca foram estimuladas por um desejo contínuo, já evidente durante o Renascimento, de recuperar a música da antiguidade clássica. Os grego antigos haviam escrito repetidamente sobre os poderes da música de incitar paixões nos ouvintes. Entretanto, os poucos manuscritos de música Grega antiga conhecidos na época eram pouco compreendidas, o que permitiu muita especulação sobre a sua natureza. Ao final do século XVI, um grupo de poetas, músicos e nobres, entre eles Vincenzo Galilei, Giulio Caccini e Ottavio Rinuccini, passaram a se reuinir na casa do Conde de Vernio (Giovanni de' Bardi) em Florença, com a finalidade de discutir assuntos relacionados às artes, e em especial a tentativa de recriar o estilo de canto dos dramas Gregos antigos.

Dos encontros da Camerata Fiorentina, como este grupo passou a ser conhecido, surgiu um estilo musical que estabelecia que o discurso era o aspecto mais importante na música. O ritmo da música deveria ser derivado da fala, e todos elementos musicais contribuiam para descrever o afeto representado no texto, sistematizando-se a chamada doutrina dos afetos, de grande influência para o desenvolvimento da música barroca. Portanto, este estilo, que logo foi conhecido como seconda pratica para contrastar com a polifonia renascentista tradicional ou prima pratica, era composto por uma única parte vocal acompanhada por uma parte instrumental.

Esse acompanhamento era chamado de baixo contínuo, e consistia de uma única melodia anotada, sobre a qual um grupo de instrumentos adicionavam as notas necessárias para preencher a harmonia implícita no baixo, frequentemente assinaladas através de cifras indicando os intervalos apropriados. O baixo continuo estabeleceu uma polaridade entre os registros extremos: a melodia aguda e o linha do baixo eram os elementos essenciais, e as partes intermediárias eram deixadas ao gosto dos intérpretes. Nos anos 1630, esta combinação passou a ser designada pelo termo monodia, um estilo que se encontra entre a fala e o canto. Essa flexibilidade permitiu que os solistas ornamentassem as melodias livremente sem precisar se preocupar com regras de contraponto, permitindo assim que demonstrarem suas habilidades virtuosísticas. Para tirar máximo proveito da capacidade de cada instrumento ou da voz, os compositores começaram a desenvolver escritas idiomáticas para cada meio, ao contrário da música renascentista onde as partes poderiam ser executadas intercambiavelmente com instrumentos ou com voz ou com a boca

Não é possível dizer que o início do Barroco já apresentava um sistema tonal definido, porém se observa uma preferência gradual pelas escalas diatônicas maiores ou menores, e um maior senso de centro de atração tonal. A emergência da seconda pratica não significou que a tradição polifônica havia sido suplantada; ambos estilos coexistiram por todo o período barroco. Claudio Monteverdi publicou madrigais escritos em ambas práticas, e a mesma flexibilidade na escrita também teve lugar na air de cour francesa.

A monodia, combinada com a nova técnica do recitativo, finalmente permitiu aos compositores escrever uma ópera, ou seja, um drama cantado do início ao fim. A ópera L'Orfeo de Monteverdi de 1607 é usualmente considerada a primeira obra a combinar música e drama satisfatoriamente. Na Alemanha, Heinrich Schütz adaptou as novas técnicas para alguns de seus motetos sacros policorais, e foi o compositor da primeira ópera alemã, Dafne (1627).

A maior parte da música instrumental publicada nesta época são as suítes de danças em vários movimentos e as variações sobre transcrições de obras vocais (geralmente intituladas canzonas, partitas ou sonatas) ou sobre baixos ostinatos (chacona ou passacaglia). Gêneros livres, como a fantasia e a tocata para instrumentos de teclado também faziam parte destas coleções.

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"Conferencista sênior com mais de 23 anos de experiência em consultoria organizacional, executive coaching, personal mentoring e counselling, o que o possibilitou a construir uma carteira seleta de clientes. Autor de inúmeros treinamentos, cursos, workshops e palestras. Deixou a sua carreira empresarial para ir atrás de seu sonho e missão espiritual, ou seja, ser um instrumento para a transformação humana despertando nas pessoas a capacidade realizadora e transformadora de Deus."

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"Administrador de empresas com ênfase em Comércio Exterior (1993-1996), trabalhou com importação e exportação (1993-1998), realiza trabalhos de consultoria em gerenciamento de risco e logística para o mercado de seguros (1999-hoje). Principal característica: objetividade e clareza nos trabalhos de prevenção de perdas, foco no cliente e resultados financeiros."

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